Hoje eu estava passeando na rua, vi muitos casaizinhos. Não preciso falar que me lembrei da gente, daqueles bons tempos... Namorar agora virou moda, todas as pessoas têm alguém que ama elas incompreensivelmente, e isso, sinceramente, me deixa amuada. Sei que nunca fui amada, sei que em todo namoro sempre tem alguém que ama mais, quem dera não fosse eu. Tenho esperanças de te ter pra mim de novo, de ter o seu cheiro na minha camiseta depois de um fim de tarde tranqüilo, de sentir que tudo faz sentido, tudo se encaixa perfeitamente no tempo, se encaixa perfeitamente em nós. No que a gente foi, no que eu ainda sonho que seremos, naquilo que era tudo pra mim, era meu chão, e, quando foi embora, me deixou cair e levar um tombo tão grande que acabei esquecendo de como era ficar sem ti. Tenho ciúmes de alguém que nem é meu, como faz? Essa insegurança vai passar, creio eu, algum dia eu vou pegar o meu coração de volta e mostrar pra ti que você não merece nem um terço do que eu tenho pra te oferecer. Esse orgulho me mata, mas não dá pra ficar assim, te ver sem poder te tocar, te ver abrir aquele sorriso lindo, mas pra outra pessoa. E quando eu lembro de tudo, as memórias passam como num flashback, sobe aquela vontade de chorar e um arrepio de dor me perpassa na espinha, vêm junto com aquela sensação agonizante de desespero e impotência que só você sabe causar em mim. Panaca. Em todas as musicas, sempre tem uma partezinha que lembro de ti, todas as vezes que eu tento fugir, você me puxa com uma força que vai alem da gravidade, alem da atração, uma força que entra na categoria de armas desconhecidas e poderosas, como aquela que popularmente chamamos de amor, mas deveria se chamar angústia. O que eu sinto só você sabe curar, com um abraço teu tudo passa a fazer sentido, posso chamar isso de antídoto.