Just, maybe, a little bit of...

Já não tenho mais ideias, parece que faltam-me amores. Estes que inspiram poetas, pintores, cantores de chuveiro, estes que fazem o coração não decidir se prefere parar ou disparar. Estes que atordoam a mente, comprimem o coração, dão asas. Quebram as asas. Fazem com que o impacto nos acorde, surpreenda, faça-nos levantar e crescer. Falta-me a paz que preenche a alma, um motivo pra lágrimas, sejam elas de riso ou dor, insegurança, ciume, cheias do sentimento que corrompe dois coraçoes amantes. Quero encontrar tua sombra nestes becos escuros que assolam minhas cicatrizes, quero que faça adormecer toda esta máquina, devolva-me o sentimento. Por favor.

Aujourd'hui

Enquanto uma etiqueta for mais importante que um cérebro, enquanto o brilho no olhar for menos importante que a cor da pele, eu não vou voltar. Enquanto estatísticas tomarem o leito dos doentes, enquanto a fita métrica ditar as regras da vitória, enquanto o dinheiro bloquear a ajuda, eu não vou voltar...

Enquanto você ainda estiver aqui, eu não vou embora.

Frio na barriga, nervosismo, tudo bem. Sensação de objetivo alcançado é a melhor parte do caminho.

Razão?...

... Não, não existe. Diga-me então o motivo de tua revolta. Grite tuas mentiras em paredes limpas, acredite em ti mesmo antes de mudar minha cabeça. Mente fraca. Arrebente as correntes que te prendem nesse mundo miserável, aprende teu próprio jogo antes de trapacear. Voltar à reclusão não é mais opção, ingratidão é a mistura do veneno com aquela ignorância mastigada que teima em cuspir. Morre nela, afunda-te. Negou a mão à quem te levantou, que caia. Que teu baque seja violento, que sirva pra fazer-te engolir a criança, acalmar a fera e abrir tua mente.